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segunda-feira, 30 de julho de 2012

Afecções Pulmonares




Assistência a cliente em tratamento clinico
Afecções Pulmonares
- Revisão anatômica e fisiológica
O ar antes de chegar aos pulmões deve ser filtrado, aquecido e umedecido – ira sofrer esse processo nas vias respiratórias.
            Inspira-se pelas narinas – esse ar passa pela faringe, laringe, traquéia e brônquios.
            O brônquio se divide em D e E, chegando aos respectivamente aos pulmões, onde se separam em ramos cada vez mais finos originando os bronquíolos, que terminam nos alvéolos.
            O pulmão D, por ser maior se divide em três lobos
*      -superior
*      -médio
*      -inferior
            O pulmão E, dividi-se dois lobos
*      - superior
*      -inferior
            A reunião dos lóbulos ou seguimentos forma lobos.
            O tecido pulmonar é constituído pelas ramificações da árvore brônquica, milhões de alvéolos, rede venosa arterial e linfática.
            Os pulmões são separados pelo mediastino, estando sua base apoiada no diafragma.
            Cada pulmão esta envolvido pela pleura parietal (fixada na parede torácica) e a visceral ou pulmonar ( recobre os pulmões)
            Entre as duas pleuras há a cavidade pleural, a qual não deve haver ar ou qualquer substancia ou líquido, apenas pouquíssima quantidade de líquido claro, o suficiente para permitir o deslizamento sem atrito dos pulmões sobre a parede torácica.
            Para ocorrer à inspiração (entrada de ar nos pulmões) e a expectoração (saída de ar) necessita - se de
-         Movimentação das costelas
-        Contração (na inspiração) e relaxamento (na expiração) dos músculos do tórax, existentes na cavidade pleural localizada entre as duas pleuras.
-        Estimulo nervoso através da medula bulbar e a ação antagônica do simpático e parassimpático.
-          Os alvéolos são permeáveis ao O2 e ao CO2, captam as impurezas do ar inspirado, que serão eliminados através do sistema linfático dos pulmões.
Os capilares venosos e arteriais envolvem externamente cada alvéolo. O sangue que ocorre nesses capilares torça o O2 retido nos alvéolos durante a inspiração pelo CO2 da circulação. Na inspiração de um individuo adulto ocorre a entrada de mais ou menos 500 ml de ar e, após a expiração permanece certa quantidade de ar residual nos pulmões.
Bronquite
            Inflamação dos brônquios. Pode aparecer isolada ou acompanhada de outras doenças infecciosas; sarampo; coqueluche; gripe e resfriado. É mais grave em crianças e idosos.
*      Causas:
- infecciosas – vírus ou microorganismos
- outros – mudança de temperatura, poeira, gases irritantes, fumo, poluição atmosférica.
           A bronquite pode ser aguda – duração de três a quatro semanas
- crônica – dura mais de quatro semanas



*      Sintomas:
-mal estar geral (MEG)
-dispneia
- cansaço fácil
 -tosse irritativa de inicio, posteriormente produtiva
-febre moderada alta
-pigarro-
- dor em queimação sub-esternal
-expectoração: mucosa escassa, inicialmente tornando – se muco purulenta mais ou menos espessa e que vai diminuindo gradativamente.

*      Complicações – Broncopneumonia, Bronquiectasia, Cor – pulmonale, Enfisema.

DH-    quadro clinico
           Exame físico
           Rx dos pulmões
           Exames laboratoriais (escarro)
*      Tratamento
           Antibioticoterapia
           Bronco dilatador
           Sedativos de tosse ou expectorantes
           Fluidificantes de secreção

Broncopneumonia e pneumonia

Causas:
 Aspirações de alimentos
           Vômitos, secreções naso – faríngeas, óleos, talco
           Estase de secreção brônquica no pos operatório  pacientes idosos, decúbitos prolongados
           Irritantes químicos, por inalação ou ingestão (querosene)
           Microorganismos: pneumococos, estreptococos, estafilococos, kleibisela e vírus.

Sintomas –
Febre, dor torácica, dispnéia, cianose, tosse, expectoração (mucoide, muco purulenta, sanguinolenta). Diminuição dos movimentos respiratórios no lado afetado  ou bilateral.Geralmente o cliente procura deitar sobre esse lado para baixo, limitando os movimentos,  para diminuir a dor. Crianças, idosos e pessoas debilitadas apresentam sinais de prostração mais intensa.

Complicações : Há comprometimento pulmonar em forma de placas, em um ou ambos os pulmões. São mais susceptíveis as crianças e idosos, alcoólatras, pacientes debilitados por outras doenças ou com bronquite crônica, ou insuficiência cardíaca.
DH
            Quadro clinico
            Exame físico
            Rx do tórax
Tratamento:
            Oxigenoterapia por tenda úmida, cateter nasal ou mascara
            Calmante da tose e ou expectorante
            Antitérmicos, sedativos, antibióticos
Outras complicações graves:
            Empiema, Atelectasia, Bronquiectasia
Cuidados de enfermagem:
            - repouso ao leito em decúbito elevado
            -manter ambiente limpo e arejado
            -promover higiene oral e corporal
            -trocar roupas de cama e do cliente sempre que necessário
            -oferecer dieta hipercalórica e rica em líquidos
            -movimentar o cliente com cuidado devido à dor
            -realizar a mudança de decúbito, evitando o acumulo de secreções brônquicas
            -estimular tosse produtiva, evitando acumulo de secreções brônquicas.
            -adm. O2, conforme prescrição medica
            -adm. Medicações prescritas pelo medico
            -aferir sinais vitais
            Observar sinais e sintomas e intercorrencias, anotar e comunicar a enfermeira e o medico.

Empiema Pleural
É o acumulo de secreção no espaço pleural.
0 pneumococo e o estreptococo, são os principais agentes bacterianos causadores do Empiema, que, após provocarem processos inflamatórios pulmonares, atingem a cavidade pleural por via linfática, sanguínea ou por contaminação direta (fistulas bronco pleurais).
Sinai e sintomas
Febre elevada com sudorese
Anorexia com anemia, debilidade geral e desânimo dispnéia
Dor em decúbito lateral e ao respirar
Tosse com secreção purulenta
DH –
Anamnese histórica
Quadro clinico e exame físico
Rx do tórax
Toraconcentese (punção para retirada de secreção) exame bacteriológico  (cultura, antibiograma)
Tratamento clinico
Dieta hipercalórica, hiperproteica, hipervitaminica
Adm de medicamentos conforme prescrição medica
Controle hidroeletrolitico (devido a febre alta /secreção purulento)
Hidratação oral ou parenteral
Adm de Antibioticoterapia

Tratamento cirúrgico
É um processo supurativo pulmonar com destruição do seu parênquima, originando uma ou mais cavidades contendo secreção purulenta.







Abscesso Pulmonar
Os germes atingem os pulmões geralmente por via broncogenica devido a: aspiração do material infeccioso da boca, nariz e faringe, ocasionando pelo sono profundo (coma, anestesia, aspiração de vômitos, etc)
Obstrução brônquica
Pneumonias necrosantes
Tuberculose
Embolia pulmonar
Sinais e sintomas
Febre com calafrio interno
Dor torácica ao respirar
Tosse
Inapetência em forma de vômica (saída de grande quantidade de escarro de uma só vez)
Escarro e hálito fétido nos casos de infecção por germes, adinamia
DH
Anamnese – quadro clínico e exame físico
Rx do tórax
Broncos copia
Exames laboratoriais: hemogramas e exames de escarro para cultura e antibiograma
Tratamento clínico
Drenagem postural              Antibioticoterapia
Cateterismo broncocavitario: que é a introdução de sonda ate o brônquio (ate o local onde esta o abscesso) para drenar a secreção e injetar na cavidade, antibióticos e bronco dilatadores
Estimula hidratação
Oferecer dieta hiperproteica e hipercalórica
Tratamento cirúrgico
Drenagem cirúrgica do abscesso    
Pneumotomia – resseção do pulmão afetado
Lobectomia – resseção de um lobo
Segmentectomia – resseção de um segmento

D.P.O.C – Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
É um estado de doença na qual o fluxo de ar esta obstruído pelo enfisema e/ou pela bronquite crônica.
A  obstrução do fluxo de ar é geralmente progressiva e irreversível, podendo estar associada a uma hiperatividade das vias aéreas.
A asma costuma ser classificada como uma doença pertencente ao grupo de D.P.O.C, a incidência aumenta com o envelhecimento.
O habito de fumar cigarros é o maior fator de risco para o desenvolvimento de uma obstrução severa e irreversível da passagem de ar. Quando comparado com o risco para os não – fumantes, o risco e de 10 vezes aumentado para os fumantes de cigarro. O aumento da idade, alta poluição atmosférica, mostra uma incidência aumentada para a doença.
A predisposição genética exerce um pequeno papel, particularmente quando os sintomas desenvolvem – se antes dos 40 anos de idade.
Complicações: Entre os pacientes com D.P.O.C há uma maior predisposição para:
- infecção respiratória
-arritmias
-embolia pulmonar
-pneumotorax
-Isquemia ou IAM
Sinais e sintomas:
Sudorese               Tremor
Taquicardia         Cianose ou confusão
Taquipneia          Febre
Distensão da veia jugular venosa
= observar se há respiração de lábios cerrados e braquetamento de dedos das mãos e dos pés.

DH: Rx do tórax
      Anamnese (quadro clínico, exame físico)
      Exames laboratoriais
Tratamento:
- oxigeno terapia com mascara de cateter
- Adm. De bronco dilatadores e medicação conforme prescrição medica
- monitarização cardíaca com oximetro de pulso
- aferição de sinais vitais
- repouso no leito com decúbito semi- elevado
- manter higiene oral e brônquica
- Antibioticoterapia conforme prescrição medica
- acesso venoso calibroso
 D.P.O.C – grupo de doenças respiratórias, a doença já esta estabelecida, e na maioria das vezes, é irreversível.
Traqueobronquite Aguda
É uma doenças das vias aéreas caracterizadas por uma inflamação aguda das membranas mucosas que revestem a traquéia e a árvore brônquica concorrente em alguns casos com IVAS (infecção das vias aéreas)
Atenção: resfriados comuns causados por vírus levam a diminuição da imunidade natural do organismo, acarretando uma infecção secundaria por bactérias altamente virulenta que podem causar serias complicações. Cuidar e tratar as infecções simples das VAS é de extrema importância, pois são eles os principais fatores de bronquite aguda.
Causas:
IVAS                                       Substancias irritante e gases
Agentes patogênicos  Poluentes e corpos estranhos
Sinais e sintomas:
            Tosse seca (produtiva) que é altamente irritante para a mucosa traqueobrônquica
- febre                         -cefaléia
- fraqueza acompanhada de indisposição geral
- rouquidão     - aumento da produção de muco e escarro purulento
- aumento de escarro purulento se torna mais profuso
- tosse aguda ao eliminar a produção de escarro purulento
DH:
Anamnese                                         Exame físico
Exame físico                          Quadro clinico
Exames laboratoriais (cultura de escarro)
Tratamento e cuidados de enfermagem
Repouso no leito                   
Favorecer conforto físico, higiene oral e corporal
Realizar mudança de decúbito
Manter o aquecimento úmido do tórax (diminuindo a dor) utilizando bolsa de água quente
Realizar inalo terapia (inalações) , conforme p.m, estimulando a ingestão de líquidos
Encorajamento do tórax
Realizar exercícios respiratórios (drenagem postural)
Adm de medicamentos, e principalmente antibióticos c.p.m

Atelectasia
Refere-se a um fechamento de colapsos dos alvéolos.
Geralmente diagnosticado em relação ao resultado dos raios-X e aos sinais e sintomas clínicos. Ela pode ser aguda ou crônica e encobrir uma ampla variedade de alterações fisiopatológicas desde a perda de volume pulmonar segmental, lobal ou total.
Aguda- é a mais comum e acontece freqüentemente nos setores pos operatório ou em pessoas que estão imobilizadas e tem um padrão de respiração superficial e monótono.
Crônica: acontece devido a obstrução crônica das vias aéreas que impedem ou bloqueia o pulmão. Ex. câncer pulmonar – esse tipo é mais insidioso e lento na fase inicial.
Manifestação clinica – sinais e sintomas
Tosse com produção de escarro
Febre baixa                                        Dispnéia
Cianose central                                  Dor pleural
Hipoxemia                                         Taquicardia
Taquipneia                                         Angustia respiratória (acentuada)
DH-
Quadro clinico/ estado geral do cliente
Anamnese                              Sinais e sintomas
Exame físico              Raio x do tórax
 Tratamento:  
            Antibioticoterapia                               Antiinflamatório
            Oxigeno terapia
Cuidados de enfermagem
            Dieta leve assistida                -Manter decúbito Fowler
            Manter mascara de O2 (COM)         -Manter acesso venoso calibroso
            Oximetro de pulso                 -Monitorização de cardíaco
            Verificação SSVV                              Manter higiene oral e corporal
            Observar e anotar intercorrencias

Sara – Síndrome da angustia respiratória aguda
            É uma síndrome clinica caracterizada por edema pulmonar e progressiva diminuição no conteúdo de oxigênio arterial. Acontece após uma grave doença ou lesão de líquidos pulmonares.
Causas: podem incluir aspiração, intoxicação de drogas, inalação prolongada de alta concentração de O2, fumaça ou substancia corrosivas, choques, traumas, infecção sistêmica.
Atenção: A sara tem sido associado a uma taxa de mortalidade tão alta quanto de 50 a 60%. O DH precoce e o tratamento imediato aumentam a taxa de sobrevivência.
Manifestação clinica – sinais e sintomas
            Geralmente acontece entre 12 e 48 horas após a lesão ou doença seria e inclui.
            - ansiedade                 - diminuição do nível de consciência
            - dispnéia                                - Taquipneia
            - hipoxia intensa         - cianose oral e periférica acentuada

DH - Exames laboratoriais de sangue
            Raios-X do tórax                                -Gasometria arterial
            Tratamento - compensação do quadro clinica instalado
            - Oxigeno terapia
            - Oximetria de pulso
            - Monitorização cardíaca
            - Antibioticoterapia
            - antiinflamatório/ corticóide
            - suporte ventilatorio se necessário: I.O.T
            (Intubação orotraqueal)
            - com ventilação mecânica
 Cuidados de enfermagem
            - tranqüilizar o cliente/ apoio psicológico
            - encorajar a posição semi – Fowler ou Fowler
            - controle hidroeletrotico
            - observar  distenção da veia jugular (edema periférico)
            - proporcionar apoio nutricional adequado
            - oferecer dieta assistida
            - manter acesso venoso calibroso, oximetro de pulso e monitor cardíaco.
            - manter higiene oral (traqueobrônquica) e corporal
            - auxiliar medico na IOT e a ventilação mecânica
            - Adm. Medicamentos com
            - verificar SSVV
            - Observar a anotar intercorrencias


Asma.
É uma doença inflamatória crônica das veias aéreas, resultado em uma hiper – reatividade dessas vias, edema da mucosa e produção de muco.
            Essa inflamação  leva a episódios recorrentes dos sintomas de asma. Os ataques de asma geralmente acontecem a noite.
            A asma é caracteriza por um processo reversível, tanto espontaneamente quando com tratamento. As exacerbações agudas podem acontecer, o que podem durar minutos, horas ou dias.
            Incidência – pode acontecer em qualquer idade sendo a doença crônica mais comum da infância.             Apesar do crescente conhecimento sobre a patologia da asma, do desenvolvimento de medicamentos, a taxa de mortalidade da asma continua a aumentar.
Achados clínicos:
            Tosse com produção de muco (podendo ser o único sintoma)
            Enrijecimento do tórax (rigidez torácica)
            Sibilos (chiados) – som do fluxo de ar através das vias aéreas estreitadas;
            Dispnéia                                                         -Hipoxemia
            Diaforese (sudorese abundante)       -Ansiedade
            Cianose central                                             -Taquipneia
Atenção: Para muitos clientes, a asma é uma doença incapacitante, que afeta a escola e a freqüência do trabalho físico e a qualidade de vida em geral.
Causas: A alergia é o principal fator predisponente para o desenvolvimento da asma. Porem, a exposição crônica a irritantes aéreos ou alergênicos. Também aumentam o risco de desenvolver Asma. Por ex. poluentes ou desgaste emocional, gargalhada, sinusite com gotejamento e refluxo gastresofágico.
DH-
 Anamnese e quadro clinico
            Exames laboratoriais – escarro/sangue
            Gasometria arterial – (troca de gases)
            Espirometria               -Raios –x do tórax
Complicações:
Fratura das costelas              -Pneumonia
            Atelectasia                                         -Desidratação
            Hipoxemia                                         -
Tratamento:
            Antiinflamatório, corticóides, antibióticos, analgésicos, ansiolíticos, bronco dilatadores inalatorios (S/N), Oxigeno terapia; inalação; hidratação; controle de gasometria arterial.

            Cuidados de enfermagem:
Proporcionar apoio psicológico                     Manter acesso venoso calibroso
Adm medicamento com                                          
Manter oximetro de pulso e monitor cardíaco
Verificar SSVV
Oferecer dieta assistida
Realizar higiene oral/ corporal
Oferecer líquidos com assistido
Preparar e auxiliar no IOT

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